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Desde novembro do ano passado, vários conflitos entre facções criminosas e UPPs das zonas Norte e Oeste do Rio vêm chamando a atenção para uma disputada troca de controle no tráfico dos morros. As facções CV (Comando Vermelho) e o TCP (Terceiro Comando Puro) acabaram de estourar uma guerra que já vinha sendo aguardada, dividindo a Vila Kennedy e transformando a comunidade em um cenário de guerra, como mostra esse vídeo filmado por moradores durante um tiroteio que durou mais de duas horas no último fim de semana.
Vídeos e fotos desses conflitos têm surgido cada vez mais na internet, num esforço dos moradores de combater o tráfico por meio de canais de denúncia virtuais. Mas contra todas as lógicas possíveis, internautas supostamente ligados ao tráfico têm compartilhado fotos, ameaças e elogios ao lifestyle traficante por iniciativa própria, para o terror das novinhas e dos investigadores de plantão.
om a facilidade do compartilhamento e a busca eterna por atenção que permeia as redes sociais, esses perfis, que, muitas vezes, sequer ocultam qualquer informação, têm usado canais como Facebook, Youtube e Whatsapp para ostentar seu poder e ameaçar seus inimigos. Em uma recente matéria da Folha de São Paulo, a rivalidade e a disputa por territórios nos morros da Serrinha e do Cajueiro foram mostradas por meio dos perfis do Lacosta e Dennis da Serrinha, que já estariam sendo investigados pela polícia, com mandados de prisão por envolvimento com o tráfico. O Dennis continua atualizando seu perfil, apesar da denúncia, mas ainda não aceitou minha solicitação de amizade.
Muitos perfis estão desatualizados há bastante tempo, provavelmente, silenciados pelos corredores e vielas das favelas, deixando um legado de fotos e observações sobre o cotidiano do tráfico a ser descoberto pelo primeiro curioso que aparecer. Não é como se eles ligassem muito para quem sejam esses curiosos, uma vez que seu instinto de soldado pronto para a morte e o combate parece ir além dos morros e se manifestar na capacidade de se mostrar numa plataforma tão invasiva como o Facebook, que, como sabemos, mantém um histórico do que você escreve ou deixa de escrever, sua localização e plataforma de acesso, e, em breve, saberá todos os movimentos de seu cursor.
http://www.vice.com/pt_br/read/os-traficantes-cariocas-manjam-muito-de-redes-sociais
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Mensagem editada pelo
usuário Kraniio
em 13/02/2014 17:20.